Estou novamente com Ayala, cruscificada ao seu lado. Soube desde o princípio que éramos criados um para o outro. Que nos precipitaríamos a recriar a morte. Ele me nubla, perverte. Soube que seríamos uma solidão única antes do som das aves. Assim como as cores das purpurinas, o Amor nos enfeita. Soube desde o início que estaríamos desgraçados pelo Amor. O que é isto que você carrega nas mãos? Gostaria de perguntá-lo
[se não soubesse ser a tinta azul da caneta de ontem. O ontem não havia nós, não como hoje. Não este gosto de um Amor que nunca saberíamos traduzir.
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