nos teus braços
dormente de vida dentro
de uma noite longínqua
espessa de opacidade
e rigidez
vibrar pelo peso íntegro
da tua mandíbula
tocando flauta
dos meus ossos
quisera morrer
nos teus braços
de uma só morte ímpia
e renascer límpida
vestida de camélias
e cinzas
suspeitar da leveza profana
da tua língua
recitando versos
sobre os meus vermes
quisera morrer
nos teus braços
e amansar as vísceras
certa de que a vida
deveria ser por fim
– um epitáfio –