com o poema que tenho em mãos
ele me pergunta porque eu faço isso
se o acho insensível a ponto
de não compreender
um poema tão óbvio
ele sempre tem
uma arma nas mãos
e eu continuo a ler poemas
sem pausas, ele fica estático
com o copo de vidro suado nas mãos
olho para o outro lado da rua
o letreiro do posto de gasolina
me atrai por alguns segundos
ele me pergunta porque eu faço isso
se o acho insensível por não ler
um silêncio tão óbvio
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