olhava para o céu ruidosa
pela delicadeza
violenta
do bico dos pássaros
do meu peito
que vibra como as suas penas
o surto do vento me alisa,
sei que o amar é um breve uivo
que move os meus fios
o meu nervo
quero te mostrar a cor das frutas
depois de mordê-las
depois crescemos,
miro as nossas faíscas
difusas no ventre da chuva
quero que você vibre
depois que o sol as nossas mãos
notívagas formas sombrear
sermos aquilo o que o amor madurou
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