até o tempo arrastado
conduzia o fumo e os porres
de tanto dizer
dizia umas coisas
sem sentido,
sabe?
mas não deixava palavras pra trás
era na ponta da língua umas verdades
e se diziam
louca
dessa loucura de dizer além
como se é verdade ficção
desejo infinito
do blues
e sobreviver
além da vida,
sabe?
desse ardido de abrir os olhos
até as roupas amassado
o cheirurgindo
da fonte do crânio
uma vontade
de cantar falácias
como se amanhã
é mentira
até o tempo passa e a gente
sabe-se lá tem tempo de explicar
Por aqui, tudo voa. Corre. A vida passa e eu ainda sem alcançá-la.
ResponderExcluir