Caminho
pelo vale distante
pelo vale distante
Rochas úmidas
essa estabilidade
dos dedos
Enquanto a ponta
dos espinhos
dos espinhos
cravam gravuras arbitrárias
pela pele ressequida
acumulada de sol e sal
Enxergo
o riacho ao longe
o riacho ao longe
só os olhos a mirar
mas tudo em volta
desacredita
desacredita
Caminho
seguro as pontas
seguro as pontas
sem as rosas cor do sol
agora se acumula até
aqui dentro
onde a epiderme não alcança
Os rios saborosos criam nuvens
e chocam o calor de tal
vista falha insiste
ver água
Caminho
como se ir fosse preciso
como se ir fosse preciso
Transatlânticos automóveis a
bicicleta do banco laranja
tem vezes
que é preciso parar
Devagarinho
Enquanto fluxo tranquilo segue e
os pés os olhos
essas marcas são
essas marcas são
este
Caminho
Sempre original, como a natureza parindo as estações.
ResponderExcluirBoas Festas!