é preciso silêncio ao escrever ou que seja estar sozinha talvez a busca anteceda o início do parágrafo seguinte próxima linha
não há enredo mas calço meias longas
encosto as abas da janela e pronta preparo café da madrugada como anfitriã da insônia que carece do corpo cansado
ora se não houve descaso pela ausência nos conservo lúcida quanto à imprecisão das formas então retorno ao papel de figurante na vida do outro e o outro eu nós assim desconhecidos
embutidos em narração
mais uma vez deito embrulho os pés
e quase livre de culpa
ensaio
solidão
Te lendo, me cubro de alegrias e pensamentos nobres. E mais uma vez vou deitar, contente contigo.
ResponderExcluirAbraço.
eu não sei muito bem o que dizer (?) mas tuas palavras são belas e tão reais que dão um certo prazer em ler
ResponderExcluirmonologos-perdidos.blogspot.com
"e mais uma vez deito embrulho os pés e quase livre de culpa ensaio testando"
ResponderExcluiracho que consciente e inconscientemente idolatramos as tensões literárias dos "grandes escritores e poetas", de bandeira a irmãos campos, de machado à clarice lispector e guardamos por muito tempo em nosso idéario como templo intocavel seus esforços poeticos, seus delirios noturnos... seria bom se continuassemos as introspecções, derribações e "streams of conciousness"... passamos tempos demais atormentados por fantasmas. talvez seja hora de mostramos nossas vertigens mas desamparados, belamente desamparados... somos, sei lá, a quarta ou quinta geração do vazio, das coisas insípidas -- já nem nos preocupamos mais tanto com sabor...
sim, é preciso o silêncio... enquanto as palavras, de espessura tão fina, nos cobrem o corpo inteiro como a nossa própria pele...
ResponderExcluir"e pronta preparo café da madrugada como anfitriã da insônia que carece do corpo cansado"
ResponderExcluiradoro visitar seu blog, identifico-me com tuas palavras.