quarta-feira, 18 de maio de 2016

como?

bebo teu nome
tua cor desbotada
e os olhos de vidro
me vivem como se amor existisse
além do romance nos livros
assim como se fosse matéria
cada glóbulo pulsando meu gosto
então engulo tuas digitais
os rastros no chão envernizado
a cólera precoce
esse mundo destilado
toda conversa amarrotada
na caixa torácica
mesmo atrás da porta
onde não possamos passar
bebo teu cheiro de árvore viçosa
pulsando descompasso
em agito bucólico
só pra dizer que te vivo
após os comas alcoólicos

2 comentários:

  1. Benditos comas e benditos olhos,além dos livros em teu poema gracioso eu finjo que existo, saio e não deixo rastros, só o viço e é só disso que preciso pra te arrancar um riso...
    Saudações!

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  2. E no outro por vezes nos encontramos.
    Matando saudade de estar aqui.

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