o céu empoeirado
e o tempo exigindo nomes
endereços
acordos
não selam lábios
mas acordar é silencioso
ruas estreitas
esquivos olhares equívocos
é só mais um pássaro
no asfalto
esfolado no peito
pedindo perdão
buzinas
e faróis
seios macios
pele ardendo no sol
e um pouco de amor
nas bochechas
um tanto de rancor
no barulho do motor
e um coração mecânico
acionado em horário de pico
transitando
as palavras apontam
como se fosse um semáforo
uma faixa de pedestres
indicando o caminho
sem tráfego
o trânsito
só de nuvens
pó
e histeria
tem dias que a gente morre calado
Eu não sei como tu arranja tempo para poemas tão lindos, sinto em meu intimo que te agradeço por isso.
ResponderExcluirUm beijo.