terça-feira, 22 de maio de 2012

De barro fiz a flor

O amor nasceu como rosa
Depois que plantei
No algodão do coração
Fiz um verso bonito
Com emoção.

A flor enfim cresceu
Exalou perfume inebriante
De tão bela
Entonteceu.

Eu fui espelho dessa rosa
Entreguei-lhe minhas prosas
De meu seio fiz teu pranto
De lágrimas
Um canto
Cai-cai.

Enfim, caí
No poço mais fundo que existia
Dos vermes mais toscos,
Fartei-me

Minha flor desabrochou
Mas logo murchou
Foi assim numa melodia lírica
Cheio de metáforas
Mórbidas.

Minhas órbitas dos olhos
Enrrubesceram
Quando minha flor perdeu a cor
Nada mais me apeteceu.

Pergunto-me se sou feita
De carne ou então
De barro sou,
Se os dedos são meu corpo
Ou uma máquina
De escrever a dor.

3 comentários:

  1. Eu já disse, mas vou repetir: adoro o jeito q tu escreve teus poemas.
    ele flui tão leve e romântico *-*

    Tem post novo lá no meu, quando puder deixa um comment?
    www.luliskd.blogspot.com

    (e se ainda não segue, siga por favor *-*)

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  2. Boa tarde nobre poetisa, sua personagem diante de tamanhos desencontros afetivos se dilacera em melancolias destrutivas, mais perdura na sua crença de ter o seu valou intrínseco preservado, Parabéns pelo seu contundente poema, um grande abraço, MJ.

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