nessas impávadas horas amenas
esquivo-me da politicagem
de
repente
de 4 em 4 horas
talvez por dentro
da casa
a gente se esqueça
do mundo
chovendo e enviando notícias
sei do sangue
estagnado
que corro
que talvez
sejamos memória
e devagar o apagamento
de algumas coisas que achávamos ser
o que nos é
não permanece
somente
em nós
só se compõe também
quando estamos no outro
dormi durante 2 dias
sozinho
sei não estar
ainda acordo
mais acompanhado
desses pedaços de mundo
sei que nos
encontramos
na rua
fumando um cigarro
a boca cheia de poesia à vapor
as palavras
ouvia
soavam
qualquer banalidade do dia
mas ali não estávamos ausentes
nem um nem outro
e todos
juntos
ao mundo
girando como se gira
de um modo tão ameno quanto
essa noite
descobri que banal
era não estar
sozinho
pensando
entre nós a poesia
ainda somos solidão até nas palavras
Gostava de saber se no real voce sera mesmo a pessoa desapegada que parrce nos seus poemas
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