que te beijasse as mãos
sem a fissura das palavras
entrecortadas no bloco de notas
na borda de seu sistema motor
até decorar o tom dos atos
entre o sincronismo
e a distração
pro nosso palácio
de constelação
já não se treinam assobios
mas passei perto das mudas
roubei margaridas
e pus sob fios de cabelo
cadentes de sossego
pro inverno no rio
que não endurece coração
rima é remendo de ferida
em tom da pulsação
quando muda
a estação
construído
o poema dialoga
versos roucos
só pra livrar da solidão
torcendo,
fiz pra nós uma oração